Diante dos vidros, o azul perplexo da antemanhã
Devolve aos olhos os visgos oscilantes do tímido sol
E a retina retrai
À mostra pela luz que cega e avança
A maré sobe
Como um soluço persistente rompendo a respiração
Um coração assustado que interfere nas orlas sutis
Um rastro de duna precipitada
Para sempre em grãos, na alma de mãos afoitas
Cujo a beleza se esconde por ser ainda maior
E não suportar a dor sem razão
De não poder segurar o instante
Mas a impressão é o lar das coisas que ficam em nós
O que sentimos é o que nos faz
Mais de uma vez voltar
Colocar as mãos nos vitrais
E abrir as cortinas da atenção
2 comentários:
Você é Simplesmente um grande poeta...
Amo seus trabalhos meu amigo!...
Mas acredito que os dois precisam de paz ao coração...De alguma forma entendo as suas palavras e acho que entende as minhas também...Que sempre estejamos unidos nas palavras e na amizade...
Grande abraço!
Valeu,obrigado Paloma! Também adoro ler seu blog,sentimentos sinceros! Vc me entende direitinho né! :)
Muito bom ser seu amigo, abração!
Postar um comentário