Ninguém nos ensinou a andar no gelo
Mesmo assim nossos pés não se queimam
Porque o frio do mundo
Não atinge nossos pensamentos
Nunca vou abdicar de um sonho
Mas a estrada que se segue é verdadeira
E, como não sabemos se ela realmente acaba
Faço questão de sonhá-la
Com meus pés descalços pra senti-la
E minhas mãos atadas ao seu íntimo
Apontando a direção pela força do instinto
Para seguir sem o destino que me aprisiona
Submerso num espaço dividido pela distância
Ao descanso, haveremos de encontrar
Na superfície da pele
A fina essência abrindo os poros
Para que respiramos o amanhecer
Entre os entrelaçados corpos
Entorpecidos pelo encontro de luzes
0 comentários:
Postar um comentário