Pelas palavras...

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Não importa a visão da cidade/ E sua face atormentada dando voltas no quarteirão/ Nossos olhos erguidos além do concreto/ Vêem as copas das árvores e não espantam pássaros/ Também aprendemos a pousar na linha esticada/ Para ver o sol nascer.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Sagrados olhos


A vida tem uma melodia que se alcança em silêncio, essa essência que não requer outra explicação a não ser existir e ser tudo!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

-Meu livro de poemas disponível para download-


Olá amigos!

A partir de hoje estou disponibilizando meu livro de poemas "Litoral" para download, através do site http://www.scribd.com/

Basta acessar o link e cadastrar-se com um e-mail e nome, aqui abaixo está o link que consta o livro:


Em, no máximo 2 minutos você terá o livro para ler em casa no seu pc sem qualquer custo, num formato bem prático, com capa e todos os detalhes completos. São 96 páginas recheadas de lirismo, mergulhos em visões filosóficas e sentimentos. Pode escolher entre 3 formatos, sendo PDF ( aconselho a quem tem o programa Adobe acrobat PDF baixar neste formato, pois fica muito fiel ao livro real ), Word ou Documento de texto.


Obrigado pela atenção!

E desejo a todos que conferirem meu trabalho uma boa leitura!

Dúvidas ou sugestões entrem em contato por comentário, ou por e-mail : marcopoema@yahoo.com.br


Abraços!

Amargo - Música de Jayme caetano Braun

Imagem: site Rainhas do lar

Velha infusão gauchesca
De topete levantado
O porongo requeimado
Que te serve de vazilha
Tem o feitio da coxilha
Por onde o guasca domina
E esse gosto de resina
Que não é amargo nem doce
É o beijo que desgarrou-se
Dos lábios de alguma china!


A velha bomba prateada
Que atrás do cerro desponta
Como uma lança de ponta
Encravada no repecho
Assim jogada ao desleixo
Até parece que espera
O retorno de algum cuera
Esparramado do bando
Que decerto anda peleando
Nalgum rincão de tapera!

Velho mate-chimarrão
As vezes quando te chupo
Eu sinto que me engarupo
Bem sobre a anca da história
E repassando a memória
Vejo tropilhas de um pêlo
Selvagens em atropelo
Entreverados na orgia
Dos passes de bruxaria
Quando o feiticeiro inculto
Rezava o primeiro culto
Da pampeana liturgia!

Nessa lagoa parada
Cheia de paus e de espuma

Vão cruzando uma, por uma
Antepassadas visões
Fandangos e marcações
Entreveros e bochinchos
Clarinadas e relinchos
Por descampados e grotas
E quando tu te alvorotas
No teu ronco anunciador
Escuto ao longe o rumor
De uma cordeona floreando
E o vento norte assobiando
Nos flecos do tirador!


Sangue verde do meu pago
Quando o teu gosto me invade
Eu sinto necessidade
De ver céu e campo aberto
É algum mistério por certo
Que arrebentando maneias
Te faz corcovear nas veias
Como se o sangue encarnado
Verde tivesse voltado
Do curador das peleias!


Gaudéria essência charrua
Do Rio Grande primitivo
Chupo mais um, pra o estrivo
E campo a fora me largo
Levando o teu gosto amargo
Gravado em todo o meu ser
E um dia quando morrer
Deus me conceda esta graça
De expirar entre a fumaça
Do meu chimarrão querido
Porque então irei ungido
Com água benta da raça!!!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Gentileza


Se o dia escurecer

eleve as suas estrelas!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Maneiras


(Foto: André Valença)



Existem grandes mistérios

num ponto de luz...

seria apenas reflexo nos olhos?

ou viria de dentro a presença da vida?

...tão forte, que atravessasse a íris castanha

para pousar no fundo da nossa percepção