Pelas palavras...

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Não importa a visão da cidade/ E sua face atormentada dando voltas no quarteirão/ Nossos olhos erguidos além do concreto/ Vêem as copas das árvores e não espantam pássaros/ Também aprendemos a pousar na linha esticada/ Para ver o sol nascer.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

De volta


Olhe para a larga presença da parede branca

Os riscos dissipados que se movimentam

A energia que se desprende

São nossos olhos que a tiram de lá

Quão lúcidos e conscientes

E é tão normal quanto pensar

Não precisamos de substâncias pra usar a mente

Mas me deixa triste ver este mundo infinito

Que se esconde nas coisas

Porque eu entro no lago

E sua superfície congela, me deixando no fundo

Vejo os outros passarem

Mas não sei se eles me vêem

Então apresso os meus passos pra seguir sempre junto

Embora minhas palavras sejam difíceis de compreender

Elas são como tubos de ar por onde respiro

E é com elas que eu quebro o gelo e volto

Voltar faz parte de mim

Mas outra parte maior me faz seguir pro fundo extenso de tudo

Não sei dizer se me perguntam sobre o que sei

Eu apenas sei que não há o que responder...

Temos diferenças, mas somos todos iguais

E por contradições se desenrola o viver

Estou numa casa de frente para o mar? Talvez...

Assim como é possível querer

E, feito a parede, tudo pode mudar

Sem deixar de ser e estar

Lugar seguro é onde a gente gostar

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