Olhe para a larga presença da parede branca
Os riscos dissipados que se movimentam
A energia que se desprende
São nossos olhos que a tiram de lá
Quão lúcidos e conscientes
E é tão normal quanto pensar
Não precisamos de substâncias pra usar a mente
Mas me deixa triste ver este mundo infinito
Que se esconde nas coisas
Porque eu entro no lago
E sua superfície congela, me deixando no fundo
Vejo os outros passarem
Mas não sei se eles me vêem
Então apresso os meus passos pra seguir sempre junto
Embora minhas palavras sejam difíceis de compreender
Elas são como tubos de ar por onde respiro
E é com elas que eu quebro o gelo e volto
Voltar faz parte de mim
Mas outra parte maior me faz seguir pro fundo extenso de tudo
Não sei dizer se me perguntam sobre o que sei
Eu apenas sei que não há o que responder...
Temos diferenças, mas somos todos iguais
E por contradições se desenrola o viver
Estou numa casa de frente para o mar? Talvez...
Assim como é possível querer
E, feito a parede, tudo pode mudar
Sem deixar de ser e estar
Lugar seguro é onde a gente gostar
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