Pelas palavras...

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Não importa a visão da cidade/ E sua face atormentada dando voltas no quarteirão/ Nossos olhos erguidos além do concreto/ Vêem as copas das árvores e não espantam pássaros/ Também aprendemos a pousar na linha esticada/ Para ver o sol nascer.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Livro das dores


É por um sopro cansado que meu espírito escoa
Como um lustre de desbotadas lâmpadas
Despejando luzes mornas
Num assoalho sem tapete
Aquela ferida, que, sem querer eu tiro a casca
Toda vez em que seca
E toda a pele ao redor inflama
Num gesto de sombra dilatada a rotina me alcança
A voz da mente se espanta ao ser encontrada
Eis que a mão levanta
E começa a escrever

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