Pelas palavras...

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Não importa a visão da cidade/ E sua face atormentada dando voltas no quarteirão/ Nossos olhos erguidos além do concreto/ Vêem as copas das árvores e não espantam pássaros/ Também aprendemos a pousar na linha esticada/ Para ver o sol nascer.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Tecendo as horas


Sou eu descalço do tempo, desaprendendo o linear do destino
Desenhando em folhas que o vento leva, texturizadas entre nuvens
Não sei senão aquilo tudo o que tu já sabes
Pelos mesmos olhos, vivo surpreendendo os meus sentidos
Que ora se aproximam, ora se afastam...
Traduzo em mim o teor de tudo aquilo que escrevo
Despindo-me do medo que outrora engoliu meu pranto
Eu me refaço, me invento, me acomodo
Contemplo o mar que desenhou o arrepio na fina margem dos poros
Quando não tenho o que dizer, apenas canto
E assim, o meu prazer, que dura instantes
Me arremete em tantos...
Que, por mais que alguns dias eu caia para trás, eu me levanto
E os próximos momentos passam a ser melhores do que antes

3 comentários:

Quintal de Om disse...

E no tecer das horas, teces as mais belas linhas. Traçando, costurando fio a fio, um milhão de possibilidades.

Lindo , tudo lindo.
Simples e tocante como as horas que ficam no corpo e no coração, quando os momentos são bons.

Beijos em tua alma!

Márwio Câmara disse...

Que isso, cara! Vc é o POETA, sem sombras de duvida. Que intensidade com as palavras. Uma obra de arte, sem duvida! Parece que vc escreveu td aquilo que sinto. Muito bacana mesmo. Se liga! Qual o seu email de contato ou msn? Preciso trocar umas idéias contigo. Abraço.

Nuno G. disse...

texto sentido terminando com um optimismo de registar... gostei!

(www.minha-gaveta.blogspot.com)