Pelas palavras...

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Não importa a visão da cidade/ E sua face atormentada dando voltas no quarteirão/ Nossos olhos erguidos além do concreto/ Vêem as copas das árvores e não espantam pássaros/ Também aprendemos a pousar na linha esticada/ Para ver o sol nascer.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Intervalos


Como cervos amedrontados
Escondendo-se em meio às árvores...
Eis que vós deixastes sobre a mesa
O fruto são de todas as suas refeições
E estendestes o tapete em frente à porta
À espera das folhas que logo virias a varrer
Eis que, ao vosso sono te espelhastes nas lembranças
E ao acordar ainda te vestes invertido
E tiveste chance pra sentir, escolhendo outros sentidos
Mas como não ficastes lá...
Há um intervalo...
Vestígio de sombra inalterado
Que, por mais que chores
Parece nunca poderes regar de força este instante
Para que brotem hoje as flores de antes
Eis que vós deixastes um recado
Num papel em branco
Que virias a ler ao mesmo tempo em que escreves
Tuas mãos se encontram com as palavras
E as emoções se dilatam
Preenchendo com esperança os espaços
Nesses intervalos...

1 comentários:

Quintal de Om disse...

E que os espaços se preencham dos intervalos em que as flores que desabrocham do antes, durem no hoje e no amanhã. E de quebra, depois de amanhã e na eternidade do sempre!

Ahhh, tão bom vir aqui e ficar babando, babando com tuas linhas e entrelinhas! rsrs
Me deleito com tanta beleza!

Beijos na alma!