Estou na borda da tela
cuidando pra não esmaecer a cor
mas é cansativo
por isso resolvi olhar para o seu desenho
e assim entrei na sua história
A tinta estava molhada
percebi que eram lágrimas que vinham do fundo
nos poros da alma, nos furos do pano
Achei que não devia misturar as cores
misturei a mim mesmo entre os cantos dos teus olhos pintados
e ali fiquei...
num dos quadros que os vidros da janela espelharam
e que quando a luz de dentro acendia
ficava refletido na vidraça com todo o resto da paisagem lá fora
O sol nos fotografa em muitas manhãs
tenho pra mim que ele nos revelará
e, com a ajuda do vento
em sequência, dará movimento a cada imagem
e, com a ajuda da chuva irá nos tirar do papel
e escorreremos felizes na colina...
nem que seja na eternidade de um único dia
até que a lua absorva a poesia que o orvalho da tarde deixou
a meio caminho das estrelas...
nem que seja na eternidade de um único dia
até que a lua absorva a poesia que o orvalho da tarde deixou
a meio caminho das estrelas...
1 comentários:
O caminho das estrelas está na cruva de suas palavras!
Fazes um tapete de via láctea pelas linhas e entrelinhas!
Beijos em tua alma!
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