Meus dedos incitam sempre criar raízes por entre as páginas
Secreto vício mirado entre lacunas
Paixão...
Fonte solúvel da poesia íntima
Escrever.. Como se, sutilmente a pele mais frágil da inspiração
Fosse tocada pela tinta espessa do âmago em demasia
Página em branco preenchida lentamente
Úmidas palavras...
Melodia silenciosa que se aproxima, em poros que respiram
Arrancando suspiros, envolvida nos braços do pensamento
Nua poesia se encaixando num papel, no meio do livro
Provando da própria essência, nos olhos que a lêem em movimento
Num elo que lhe transporta para um fluxo paralelo
Aonde ela consegue alcançar a si mesma
Aonde o papel se dobra em origami e toma as formas do universo
A perfeição é um estado de graça
Em que os dois se misturam
E, por instantes, relativamente eternos, flutuam ávidos na consciência de Deus
No coração da vida que evanesce por trás de cada significado
Pra ser apenas sentido...
1 comentários:
É...
penso que escrever é uma necessidade, essa que vira vício. Escrevendo, reescrevendo, tem-se um mundo de possibilidades para dar voz às muitas pessoas que nos constituem como Eu. Sei lá, é por aí.
Beijos
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