Pelas palavras...

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Não importa a visão da cidade/ E sua face atormentada dando voltas no quarteirão/ Nossos olhos erguidos além do concreto/ Vêem as copas das árvores e não espantam pássaros/ Também aprendemos a pousar na linha esticada/ Para ver o sol nascer.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Caminhar noturno


Noites de solidão

Vozes que a rua ecoa

Não posso ouvir meus passos

Porque já não conto mais com o caminho

Nem fazem sentido as luzes acesas

Que se apagam depois que eu passo

Meus olhos alcançam a realidade

Enquanto meus sonhos pairam no noturno infinito

Por quais estranhos atalhos foram deixados

Os espíritos, que, nessas horas

Estendiam-me os braços?

Nesses atalhos eu havia esquecido de mim

E agora o que eu faço com os espaços?

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