Pelas palavras...

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Não importa a visão da cidade/ E sua face atormentada dando voltas no quarteirão/ Nossos olhos erguidos além do concreto/ Vêem as copas das árvores e não espantam pássaros/ Também aprendemos a pousar na linha esticada/ Para ver o sol nascer.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Cômodos e quintais


Os dias
São como quintais onde nos reunimos em familia
A simples mesa onde são servidas as horas
Ela tem uma toalha estendida
Pintada de sol e de lua
Por isso me sinto em casa
Aprendendo que em cada cômodo da realidade
Devem permanecer os móveis do sonho
A fantasia que dá cor às paredes
De tarde eu vou até a sacada
E o fraco vento embala a rede entre as samambaias
Minha vida é completa...
Em poucas coisas eu percebo que ela nunca foi vazia
Às vezes a tempestade trinca os vidros
E às vezes a chuva entra e enche o parquet
Derramando-se em lágrimas nos degraus
Mas estar vivo é tão bonito
Que qualquer momento vale o imprevisto
O coração sabe onde está e fica tranquilo
E o que seria da alegria sem a dor?
Que nos seja sempre possível
Receber por inteiro todos os sentimentos
Para que possamos nos dar por inteiro em cada sorriso

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