Pelas palavras...

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Não importa a visão da cidade/ E sua face atormentada dando voltas no quarteirão/ Nossos olhos erguidos além do concreto/ Vêem as copas das árvores e não espantam pássaros/ Também aprendemos a pousar na linha esticada/ Para ver o sol nascer.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Retrato do céu


Levo estrelas na palma da mão
quero deixá-las na borda do lago
Depois que entrarmos elas se espalharão
e então vai ser possível até ver os seus reflexos no céu
E quem dirá que elas são de lá?...
Será nosso segredo
dentro das mãos
Olha!
Nós dois
estamos na superfície da água
e no âmago do universo
surpreendidos pela luminosidade dos olhos
no âmago da água
e na superfície dos olhos
absorvidos pela luminosidade do universo
Tudo é o quanto se sente...
O amor é preciso, vai fazendo pontes até acertar os trilhos
Os abismos servem pra lembrarmos do quanto um dia estivemos no início
isso vai ajudar a ter braços fortes pra puxar
se, um dia, um de nós estiver caindo
Dois corações que se encontram cumprem um ciclo
atravessam vales que antes eram temidos
ferem-se nas pontas dos galhos
mas fazem dos frutos curativos
Os lábios se reconhecem enquanto respiram
dentro dos lábios que aquecem enquanto nos fazem mais vivos
Levo estrelas na palma da mão
são cinco pontas...
são cinco dedos...tua mão...
retrato do céu

1 comentários:

Quintal de Om disse...

Ahhhhhh lindo, lindo e lindo!

Me emociona cada curva de cada verso quando essas palavras suas brotam assim, como aurora raiando uma esperança.

Me faz sorrir.

Beijos meus

Carinho,
Sam