Pelas palavras...

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Não importa a visão da cidade/ E sua face atormentada dando voltas no quarteirão/ Nossos olhos erguidos além do concreto/ Vêem as copas das árvores e não espantam pássaros/ Também aprendemos a pousar na linha esticada/ Para ver o sol nascer.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Caravana


Minhas pálpebras revelam manhãs aos meus olhos
E meu pensamento se desenvolve em lúcida vertente
Num resto de sonho que a noite beijou para acordar
Varanda líquida ao largo horizonte
Em cada folha seca que o chão acomoda
Há um desenho único
Destino adverso
Que o vento leva entre distraídas almas
Deixo estampar esta tarde no silêncio dos vidros
Pela neblina sedimentada do outono
Que as mãos da noite me consolam com seu ópio de sono
Fazendo riscos no telhado
Reduzidos os sons se esvaem em preto e branco
E a caravana da poesia
Satisfaz o fim do dia com a brisa que sai dos seus ramos
Palavras...
Texturas...
Casas vivas onde moramos...
Meu moletom também está por adormecer
E meus olhos estão se encontrando do lado de dentro
Até o amanhecer...

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