Pelas palavras...

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Não importa a visão da cidade/ E sua face atormentada dando voltas no quarteirão/ Nossos olhos erguidos além do concreto/ Vêem as copas das árvores e não espantam pássaros/ Também aprendemos a pousar na linha esticada/ Para ver o sol nascer.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Verniz


Os sinos retocam o silêncio com verniz de outono

Quero me jogar neste cobertor de folhas secas

Ali na frente...

E ficar...

Ouvindo os eucaliptos ao vento

Até sentir seu cheiro

Plantar meus desejos entre as sombras

Para que não se acomodem e busquem na luz a esperança do sol

Eu grito alto, até meu peito tremer

E meus ecos retornarem ao seu mundo de ar

Tudo faz sentido sem nada fazer para estar

E assim o ciclo continua...

E a palavra muda fala ao pé do ouvido apenas por um gemido

O coração deve brotar

E ser na flor um motivo, na vida um olhar

Um lar de saudade entre os cílios

1 comentários:

Leonel Dutra Viana Lopes disse...

"Mas minha alma, ainda atenta.. .. Acolhe as sombras.. E a noite fica comigo até mais tarde"

Sábias palavras...
Leonel Dutra Viana Lopes